HISTÓRICO
A anfetamina foi preparada pela primeira vez por Edellano, em 1887 e sintetizada no final da década de 1920; sendo introduzida na prática médica apenas em 1936.
A substância foi amplamente utilizada na segunda Guerra Mundial por soldados aliados, alemães e japoneses com a finalidade de aumentar a coragem e reduzir a fadiga. Tais efeitos eram realmente percebidos por seus usuários, mas em 1943 as autoridades médicas britânicas proibiram o uso de anfetamínicos por parte de pilotos da Royal Air Force, incorrendo em sucessivos erros fatais quando sob o efeito destas drogas.
Após o término da guerra em 1945, o mundo foi invadido pela anfetamina e especialmente por dois de seus derivados: a melanfetamina (Pervitin) e a fenmetrazina (Perludin). Os objetivos almejados pelos usuários eram: a redução da fadiga, do sono e do apetite, além do aumento da capacidade de trabalho. Logicamente os que se deixaram seduzir por esse vasto universo de promessas pagaram um tributo relativamente caro à toxicidade dos anfetamínicos. Motoristas de caminhão, vigilantes noturnos e universitários, na ânsia de passarem noites em vigília, não mediram doses da droga. Pessoas obesas vislumbraram nestas substâncias oportunidade milagrosa de emagrecimento; espantadas com sua a ação anorexigênica, tornaram-se igualmente dependentes da droga. Este quadro de abuso da droga gerou muitos dependentes químicos e fez com que a venda dos anfetamínicos fosse prescrita por lei. Essa medida reduziu o consumo geral destas substâncias, mas não foi capaz de eliminar o abuso por parte de seus usuários.
Hoje em dia, as bolinhas, como são igualmente conhecidas, têm sido progressivamente substituídas por tóxicos mais em voga. Isso foi provocado pela retirada das farmas mais ativas de anfetaminas do mercado brasileiro. Talvez a dietilpropriona seja a única sobrevivente da espécie. A substância tem sido fabricada em associação a um ansiolítico em várias preparações comerciais, utilizadas como anorexigênicas.